A Flexografia foi criada nos Estados Unidos em 1860 com o nome de impressão anilina, patenteada por John A. Kingsley. Por volta de 1952 houve a mudança do nome para Flexografia.
É um processo de impressão direta, que utiliza fôrma flexível relevográfica e tintas líquidas (à base de água ou solvente) de secagem rápida.
Suas características básicas são:
- Forma relevográfica flexível;
- Secagem da tinta por evaporação do solvente ou polimerização através de radiação UV (Ultravioleta);
- Impressão direta;
- Impressão de todas as cores em uma única passagem;
- Durabilidade da fôrma em função do material utilizado em sua confecção e do suporte a ser impresso.
O sistema de impressão flexográfica é muito versátil, permitindo a impressão sobre os mais variados substratos, tais como: papel, plásticos, ráfia, papelão ondulado, cerâmica, em uma vasta gama de aplicações:
Aplicações
- Editoria (jornais, tablóides, listas telefônicas);
- Embalagens - o maior crescimento da flexografia encontra-se no ramo de embalagens flexíveis (celofane, polietileno, polipropileno, nylon, poliéster, alumínio, papel, papelão ondulado);
- Papéis para presente;
- Cortinas para box de banheiro;
- Toalhas de papel;
- Faixas promocionais;
- Copos descartáveis;
- Papel pautado;
- Cerâmica;
- Tecidos.
Cuidados com Chapas
Para assegurar a qualidade e durabilidade dos clichês, siga estas recomendações de nossa equipe.
Limpeza
A limpeza é de fundamental importância, pois a durabilidade dependerá, em muito, de como o clichê é limpo.
Para a limpeza, deve-se utilizar o solvente utilizado na tinta, facilitando assim, a remoção da tinta da superfície da chapa e garantindo a compatibilidade do solvente com a chapa.
A tinta nunca deverá secar completamente sobre o clichê. Nas paradas da máquina deve-se aproveitar para fazer a limpeza, utilizando uma escova de cerdas macias.
Mesmo de um dia para outro, a chapa deverá ser completamente limpa, removendo-se principalmente a tinta que penetra nos textos negativos ("vazados") e nas letras pequenas. O excesso de tinta sobre o clichê é um dos inimigos mais comuns da impressão flexográfica de qualidade.
Ozônio
O ozônio (O3) ou ozona, como também é conhecido, é uma forma ativada do oxigênio (O), é um dos principais inimigos dos fotopolímeros. Ataca a superfície da chapa, inutilizando-a.
O problema se manifesta de forma mais grave em empresas que extrusam os seus próprios filmes, pois o ozônio é formado em largas porções ao redor do Tratamento Corona da Extrusora, sendo levado então pelas correntes naturais de ventilação do ambiente, em direção à impressora onde ataca o clichê.
Para evitar este ataque, sugere-se a instalação de um sistema de exaustão nas extrusoras para remover o ozônio do ambiente.
Para conservar e proteger as chapas deve-se utilizar óleo de silicone. Após a limpeza deve-se umedecer a superfície do clichê, formando uma película oleosa protegendo-o do ozônio.
Compatibilidade de Tintas e Solventes
Para verificar se um solvente é compatível ou não com as chapas de impressão, deve-se proceder da seguinte forma:
1. Imergir o clichê de fotopolímero (com a dureza e a espessura previamente medidas e anotadas) na tinta e/ou solvente por 24 horas;
2. Retirar, limpar e medir sua espessura e dureza.
Para que a tinta e/ou solvente sejam considerados compatíveis, a redução da sua dureza deve ser menor que 5 Shore A e o aumento da sua espessura ser menor que
Abaixo, uma tabela de concentração dos solventes para utilização com chapas de fotopolímero:
Tabela de Concentração dos Solventes | ||
Para maiores informaes, consulte nossos especialistas atravs do e-mail flexsystem@flexsystemcliches.com.br | ||
Componente | Concentração recomendada (%) | Concentração Máxima (%) |
Álcool Etílico | 100 | - |
Álcool Isopropilico | 100 | - |
Butílico Normal | 100 | - |
Propílico Normal | 100 | - |
Etil Cellosolve | 100 | - |
Água | 100 | - |
Acetato Etílico | 15 | 25 |
Acetato Propílico Normal | 15 | 25 |
Hexano | 6 | 10 |
Heptano | 6 | 10 |
Benzeno | 5 | 8 |
Tolueno | 0 | |
Sistema Encapsulado
O Sistema Encapsulado consiste em uma câmara com lâminas, substituindo o cilindro tomador do sistema convencional.
Com este sistema pode-se manter uma aplicação mais estável da película de tinta, pois elimina a influência da pressão hidrodinâmica da tinta, diminuindo-se a dependência do operador sobre o processo de entintagem, melhora do controle sobre a viscosidade da tinta em virtude de ser um sistema fechado com redução da evaporação do solvente.
Ë necessário que se utilizem reservatórios de tinta com bombeamento constante, dotados de filtro magnético para reter os resíduos da lâmina, tornando a tinta homogênea por mais tempo.
Cilindros Anilox
O nome anilox deveu-se também ao seu inventor, que comercializava tintas anilinas com o nome terminando em OX, tal como LITHOX e aí o chamou de ANILOX.
O cilindro anilox tem uma função muito importante que é a de dosificar a quantidade de tinta a ser transferida para o clichê, possibilitando um maior controle da carga de tinta.
Gravação a Laser
Na gravação de cilindros anilox a laser pode-se obter capacidades volumétricas diferentes com a mesma lineatura, possibilitando maior versatilidade ao operador na hora da impressão.
A capacidade volumétrica é expressa em Bilhões de Micrômetros Cúbicos (BCM) por polegada quadrada ou mililitros por metro quadrado (mL / m2). O fator de conversão de BCM para mL / m2 é dado pela fórmula: 1 BCM = 1,55 mL / m2 .
O formato da célula se apresenta na forma hexagonal, com paredes de
Para se escolher o melhor anilox para se utilizar em um trabalho, deve-se observar três pontos importantes:
- Lineatura;
- Capacidade volumétrica (BCM);
- Diâmetro do menor ponto da retícula.
Na relação clichê x anilox, o valor base para um clichê reticulado e o cilindro anilox é de 1 para 5,5. As células do anilox não podem ser maiores que o menor ponto do clichê, esta relação se torna mais crítica quando o clichê é obtido pelo sistema digital, onde os pontos são menores que os pontos obtidos pelo sistema convencional.
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